Hoje não vamos para
Köln. Nem hoje,
amanhã ou dois mil e
catorze, meu bem.
A mágoa arranha as
vidraças das catedrais,
escondida. Já foram
olhos, vitrais e saudade,
agora - com tantas crianças mortas, palestinas
e irlandesas e
decididamente apenas
humanas - cidades apenas,
como todas
as outras conurbadas, caminhadas
a ferro,
coloridas, bombardeadas
e esquecidas.
Cidades nossos olhos
vidraças que não coram,
nem riem, nem choram ou
menir. Mais um
inútil estudo para o
silêncio, o deserto. Ruínas.
4 comentários:
The koln concert
Tenho manias de cantar silêncios
Entre queixumes e querências
E muitas tolas inconseqüências
Não era sempre assim, eu sei
Mas algo prendeu-me no visgo
De paragens, portos e navios
E assim fico eu, rimando o vazio
Lendo as inconstâncias de um olhar
ouvindo um mantra de Keith Jarrett
Poema forte, menina Nina, daqueles que espelham o tempo de hoje e demonstram a sombra gigantesca dos podres poderes.
os vitrais apesar das cores têm mesmo um olhar melancólico
...
beijo carinhoso.
"A mágoa arranha as vidraças das catedrais"...
Estar acima da "intensidade" arranhar
o céu das consciências adormecidas.
Nina... que lindo! bjo.
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