Nina
Rizzi não é uma poeta de fácil definição, aliás, nenhum deles é.
Como a própria linguagem, os poetas não são de fácil domínio. Quando se acreditamos entendê-los, na verdade, estamos perdidos. Compreender um poeta é perder-se na imensidão da possibilidade. Nina é daquele tipo de artista que sempre te deixa querendo mais e que sempre te surpreende: é ácida, é doce, é bem humorada, é melancólica, é política e é romântica.
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Tom, vou publicar meu próximo livro.
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Qual a proposta desse novo livro?
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É o meu primeiro livro de amor... Nunca tinha escrito um livro de amor.
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Para mim tudo o que você escreve é meu amor.
Esta
orelha, propositalmente consciente de ser orelha, quer ouvir cada signo, cada
verso, cada estrofe, cada poema para senti-lo. Não é orelha de um livro, é
minha orelha a ouvir a poeta.
Invejo m.
m.
é daquelas musas sortudas para quem se escreve coisas lindas, coisas ímpares,
coisas obsenas. Sim, obsenas, pois o amor também deve ser obseno, e assim,
delicioso. Por outro lado, m. não tem sorte de ser uma fantasma, pois é etérea
demais para sentir, para experimentar tal delícia, a delícia de Nina, o amor de
Nina que ama na poesia.
O
amor em Nina Rizzi é Ellênico.
Um
amor que não pode haver no silêncio,
Nem
na doçura,
pois
não é doce,
tampouco
amargo,
mas
agreste.
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Nina, cuide do seu coração!
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Ainn! Agora só quero escrever pra você! Seus poemas são mais lindos, são
melhores.
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Você me emociona assim. Prefiro o banzo, um banzo cor de fogo. Fico pensando no
leitor do banzo. O que acontece quando for vê-lo? Queima-se. Não o vê apenas.
Pois ao vê-lo não é mais o mesmo. Quando
vieres ver um banzo cor de fogo arde nos olhos, no coração, na alma. E
assim, arrebata, é um livro de Nina Rizzi. Espere amor, mas não singeleza.
Espere um amor tatuagem , bonito, mas dolorido. Não há contentamento. É
inquieto. Nina quer a sorte de um amor intranquilo. Assim também seus leitores
...
querem amar. Mas querem doer.
Querem
ser m.
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