sexta-feira, 13 de março de 2015

POEMA SOBRE A LÁPIDE DE GIUSEPPE RIZZI


- ouvindo Leil, Malek Jandali -

Nunca podia estar aos pés da Deusa que me disse
- em silêncio ouço esta canção, e quisera ter cabeza e ouvidos queimados pela [radiação
do demasiado humano, da madrasta, de Francis Bacon -

Disse: e sempre serei sincera. Como pudesse a frase guardar uma primeva
verdade que busco - essa página em branco que me permite
bazófias tantas, reciclagens e o doloroso pasme - impossível.

O imponderável, estar aos seus pés, quando do mar era um cuspe vomitado 
[por ser morno;
Das verdades infindas à Cecília - nome que invento para tudo o que possa ser
Belo e Sublime -, essa casca pegada às palavras.

Mas acredite, quando tomo por oferenda a Dedução de Maikóvski: Amo firme, fiel, e [verdadeiramente


- nossas almas claríssimas, jogadas uma à outra, pelo obscuro mistério.

1 comentários:

J. C. Marçal disse...

"nossas almas claríssimas, jogadas uma à outra, pelo obscuro mistério".
Muito bonito.