segunda-feira, 17 de março de 2014

A Duração do Deserto



Dia 12 de março aconteceu no Centro Cultural São Paulo - Rua Vergueiro, 1000 - São Paulo - SP, como parte do I Festival Poesia Nova, o lançamento de meu novo livro A Duração do Deserto.

O evento foi lindo em sua totalidade, no lançamento presenças imensas de amigos e novos.
E que sigamos atravessando os desertos!

Para saber sobre mais o livro, visite a página no site da Editora Patuá: http://www.editorapatua.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=232
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Nômade -

até lugar-nenhum, brotando
da prisão de tua boca, tornar-se
o onde estás; lês
a fábula
que foi escrita nos olhos
dos dados: (era
palavra-meteoro, rabiscada pela luz
entre nós, e nós, contudo, no fim,
não tínhamos provas, não
podíamos produzir
a pedra). O dado-e-o-dado
possuem agora teu nome. Como quem diz
que onde quer que estejas
está o deserto contigo. Como se,
onde quer que te movas, seja
novo o deserto,
e se mova contigo.

- Paul Auster, Desterrar, 1970-72; trad. Caetano Galindo


Nomad -

till nowhere, blooming
in the prison of your mouth, becomes
wherever you are: you
reade the fable
that was written in the eyes
of dice: (it was
the meteor-word, scrawled by light
between us, yet we, in the end,
had no evidence, we could
not produce
the stone). The dice-and-the-dice
now own your name. As if to say,
wherever you are
the desert is with you. As if,
wherever yo move, the desert
is new,
is moving with you.

- Unearth, 1970-72

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