nunca aprendi ficar calada, cândida
uma mulher me fulminou com os olhos.
era professora. era quarta-feira.
estava a pensar o lastro
e o que pode ser caráter, leitura, função
o ar-condicionado pifou.
entre langue e parole comecei rabiscar
uns vazios e os nadas.
três caras estavam à minha frente
tinham óculos e barbas e olhares atentos.
a professora me seguia a gagueira
não sabia eu jakobson, lucáks, jauss, tynianov
falava eu os nadas e os vazios, gaguejava
quando a mulher me fulminava
e o mundo era uma casca de nós.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
um passeio pelos bosques da ficção
cheiro
was here & follow u dear..:)
Postar um comentário