Carla Diacov
Who says art has to be beautiful?
Look this dreadful hummingbird and
repeat like that:
Who says art has to be humiliation
without wings?
»> Carla Diacov, 'Para Nina
Rizzi, a tia da Revista, mãe!' [aqui!]
a vida inteira:
muitos
são os caminhos. o símbolo manchado de sangue espalhado na parede. as partes do
corpo e diz o poeta que "os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando
que o resto do corpo nascesse (a arte nasceu e ficou esperando que
nascêssemos). e nasce no útero do verso a dialética do desenho, da gravura e da
escultura. as linhas da vida se confluindo num pnemotórax da urgência que te
quero como quero e os pingos vermelhos, a tirania da espera "a vida
inteira que podia ter sido e que não foi", superada pela arte, pelo
reconstruir a arte. reconstruir foi a destreza da artista naquilo já criado, no
drama. de ambos pra nós, por conta dos nossos olhos...
ávida, a arte:
se transgredir é criar, é também o recriare, na inquietação e transgressão nos montamos em poema, pintura, escultura. as causas e os efeitos, as evidências, nós sustentados pelos versos "mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?" e a poesia, a gravura, nos faz dançar na chuva, meu amor! ouvimos o suspiro, a voz da poesia nas paredes, de leve, nos perfurando. nos perfurando essas pobres regras de unidos somente sois até que diabos nos separe, pobres regras não contidas na natureza... doce-amarga mania nossa, isso certo, isso é feio. a natureza, a nossa natureza não! nós existimos pr'além tempo-espaço, nos iluminamos "belo belo quero a alegria de sentir as coisas mais simples"!
se transgredir é criar, é também o recriare, na inquietação e transgressão nos montamos em poema, pintura, escultura. as causas e os efeitos, as evidências, nós sustentados pelos versos "mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?" e a poesia, a gravura, nos faz dançar na chuva, meu amor! ouvimos o suspiro, a voz da poesia nas paredes, de leve, nos perfurando. nos perfurando essas pobres regras de unidos somente sois até que diabos nos separe, pobres regras não contidas na natureza... doce-amarga mania nossa, isso certo, isso é feio. a natureza, a nossa natureza não! nós existimos pr'além tempo-espaço, nos iluminamos "belo belo quero a alegria de sentir as coisas mais simples"!
a
vida inteira:
pedaços
de seda pura embebida de sangue e costurada pelas linhas poéticas em papel
japonês, caixinhas de se guardar coração, voz, tato "um eu todo
encoberto" pra que se o descubra e, artista, recrie; desça o véu e faça o
inédito de mim, de você. de pé, toma seu caminho: me transforma em pigmento,
desenho a nanquim, um universo nosso, de palavra, recriado nos contrários. me
fazendo, em arte tua. tua.
4 comentários:
linda...
choro pelas unhas, te agarro pelas minhas e as tuas feridas.
te amo, dona.
Lindo Nina...
"embebida de sangue e costurada pelas linhas poéticas em papel japonês, caixinhas de se guardar coração, voz, tato "um eu todo encoberto" pra que se o descubra e, artista, recrie; desça o véu e faça o inédito de mim, de você."
Gosto sempre da cadência, leveza...
Abraço grande,
Gustavo
Densamente cativada por sua poesia-ser.
Postar um comentário