sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O aroma do barro sob a neve


Enquanto cai a neve
ela chora sua cor.

Com nacos de tijolos arrancados da parede
esfrega-os na pele até ser encarnada
como os brancos, horas sob o sol a pino.

Chora, feliz:
quando estancar o sangue não
sobrará essa cor de menino carvoêro

[o professor disse que essa é a pior
forma de energia, e esses meninos
escravos sem dono]

será apenas ela, quase como quase
todas suas bonecas.

1 comentários:

Unknown disse...

eu me amarrei no título do poema


cheiro