Edvard Munch, Vampira (Amor e Dor), 1893-94
rapaz, essa vida dura é pura poesia
nem um grão de arroz, nem um tostão nos bolsos
e meu chefe esbanjando caviar no instagram,
seu (e dos seus) economiquês do EME-AI-TI
na conferência de eternos escolhidos ricos da igreja
protestante. essa onda de reestruturação produtiva,
de conservadorismo travestido de modernidade, saca?
(os cabelos em pé, os pentelhos molhados.)
e como sempre eu aqui falando como falo
e quase esqueço de dizer que esse e-mail é só
pra te dizer: guardei estes dois versos
- meu chuveiro queimou
acho que farei leite com mel
é, eu não bebo leite, mas esse e-mail é só
pra não esquecer que você tem razão,
meu amigo: poesia é coisa de rua, de fodidos
leite quente escorrendo pela garganta como
o tédio das coberturas e essas noites perturbadas.
é, estamos perdidos: - nihil secundi in ulnas nostras.
1 comentários:
Poesia é o canto dos desencantados... Maravilha Nina!
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