viver me dá vontade de
escrever.
'quando vieres ver um banzo
cor de fogo' foi um livro que quis escrever. depois de muito tempo protelando
sua materialização - não sua escritura.
quando comecei a publicar
poemas, e ainda mais especificamente publicar em um blogue chamado 'putas
resolutas' (com as divas Roberta Silva Pinto e Líria Porto), parecia muito
natural para as pessoas (hello, guys!) me lerem "num puteiro em joão pessoao"
aka. Ana Farrah Baunilha. mais que natural: há uma monografia sobre prostitutas
que escrevem liricamente sobre suas experiências e nos citam. é só ir no oráculo-google.
e por causa das centenas de
milhares de convites e abusos - virtuais, mas não só -, eu exitei muito em
abrir as pernas e dar ao mundo essas poemas. que boba. ainda bem que passou,
risos.
eu quis escrever este
livro. um livro que tematiza o amor erótico em tempos sombrios. todos os tempos
são sombrios, mas esses são loucos porque eu estou aqui. quis materializar
neste tempo este livro que ama e goza. materializar-me a mim, escritura/ ferida
funda e encarnada, me lançar ao mundo como uma mulher que deseja e ama sim.
sim, escrevo. assim é a poesia toda: política.
e as poemas vem a mim. como
um salto ao infinito, como abertura na carne que se não escrita dói. dói o
corpo que se escreve a poema. me abro às poemas, a poesia inteira como me abro
ao amor. arranco as vestes para o amor, me deito, me entrego, "me sucumbo,
me abismo". assim é a poesia toda: erótica.
essa lenga-lenga é só pra
dizer que MANHÊÊ, meu livro saiu num dos sites mais massas do Brèsil, quiça do
mundo! AZMINA! entre tudo e tanta maravilha, '... um banzo cor de fogo' é
incrível! <3
e viva a poema! <3
0 comentários:
Postar um comentário