estalidos. estrondos. fogo, fogo! - entro agora na casa da poema.
acho que foi aos dezesseis anos que me apaixonei pela primeira vez por portugal. paixão a sério mesmo. de querer escrever algarve com as próprias veias e brigar com vizinhos que fizessem piada alentejana.
bebi vinhos. chorei um tejo. montei e desmontei montanhas de fados.
repeti uma milharada de vezes que só os portugueses sabem sentir bem. que dividimos a alma.
e ainda chistes como se eu não falasse português não sentiria tanta saudade - como do não-tido portugal.
ouvi e ouvi e ouvi um chiado no s. comi esse sotaque que é um lugar.
uma nonada de poemas.
bebi vinhos. chorei um tejo. montei e desmontei montanhas de fados.
repeti uma milharada de vezes que só os portugueses sabem sentir bem. que dividimos a alma.
e ainda chistes como se eu não falasse português não sentiria tanta saudade - como do não-tido portugal.
ouvi e ouvi e ouvi um chiado no s. comi esse sotaque que é um lugar.
uma nonada de poemas.
depois me apaixonei de novo. quando vi cá nesse suporte o doudo, o doudo! - o nuno, ó!
um doudo com sonho lindo e real - a poesia, a performance, a música. e eis a arte.
a paixão é um amor é uma paixão e claro traz o seu corpus pulsante - douda correria.
um doudo com sonho lindo e real - a poesia, a performance, a música. e eis a arte.
a paixão é um amor é uma paixão e claro traz o seu corpus pulsante - douda correria.
& rá que enfim chego a este lugar carregado de saudades e sonhos
uma paixão me leva a outra e então somos um só atlántico.
junto poemas que só poderiam ter sido escritos para esta douda, ó!
junto poemas inventivos e combatentes o suficiente para garrar o ícone - douda correria
uma paixão me leva a outra e então somos um só atlántico.
junto poemas que só poderiam ter sido escritos para esta douda, ó!
junto poemas inventivos e combatentes o suficiente para garrar o ícone - douda correria
e cá estou em poesia pura - no dia 03 com uma teresa, ó do nome mais lindo
uma teresa e um nuno que também sou eu
que me encarnam e nessa noite são mais eu do que eu.
carregam a minha voz. são eles a voz - geografia dos ossos
e ainda um hélder ventura que é a imagem da minha letra - signo desenho chispa
ele é a minha imagem - hão-de-ver, hão-de-ver! é logo e já.
vintedois poemas em dois blocos de invenção & combate - poema
uma teresa e um nuno que também sou eu
que me encarnam e nessa noite são mais eu do que eu.
carregam a minha voz. são eles a voz - geografia dos ossos
e ainda um hélder ventura que é a imagem da minha letra - signo desenho chispa
ele é a minha imagem - hão-de-ver, hão-de-ver! é logo e já.
vintedois poemas em dois blocos de invenção & combate - poema
o que mais? ora, um poema de cada capítulo:
[1.]
domingo, casamento em niterói
domingo, casamento em niterói
meu benzinho desce às escadas pra sala de jantar.
dedos cansados, lhe digo querido não precisa, não precisa.
mas ele vai fazer soar os talheres.
dedos cansados, lhe digo querido não precisa, não precisa.
mas ele vai fazer soar os talheres.
[2.]
notícia de jornal:
notícia de jornal:
os peixes não se adaptaram à barragem
**
**
aindamais? aindamais? que mais quereria?
ora, um cem-mil-vezes o infinito: gracias douda correria!
ora, um cem-mil-vezes o infinito: gracias douda correria!
***
e pra quem estiver em lisboa, é isto:
geografia dos ossos
nina rizzi
capa e ilustrações de Hélder Ventura
Douda Correria #35
lido e apresentado por Teresa Coutinho e Nuno Moura
dia 3 de março às 19h30
Bar Irreal | Rua do Poço dos Negros, 59/ Lisboa
[atualizado em 04.03.16] Leia outros poemas e veja vídeos do lançamento aqui!: https://doudacorreriablog.wordpress.com/2016/02/24/geografia-dos-ossos-nina-rizzi/
>> e pra quem não está em Portugal e deseja adquirir o livro é so entrar em contato com o Nuno Moura/ Douda Correria:
miasoave@sapo.pt
https://www.facebook.com/douda.correria.5?pnref=story
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