domingo, 4 de novembro de 2012

goiabada-nicotina


pussykill

aquele que não me menciona
homenzinho dos idos sonhos
carnais
- pança, to sem grana, pára com isso

tão engraçadinho
o via sob a maresia, debaixo
das ondas, atrás do copo de cerveja
- chama aquela sua amiga. eu dou o pó, vocês boca, mãos e cu

gostava de me desaparecer até que ligasse
desaparecia eu, ele
ele o fazia e eu imaginava
suas festas e aventuras como quando
agonizava seus risinhos
enquanto fazia sexo morno com as moças
estranhíssimas tão mínimas, pelo computador
e lhes repetia minhas delicadezas e me devolvia
seu enfado e frustrações.

o cria.

até que ele me disse
- você devia fazer exercícios para deixar de fumar.

como saída da caverna, um disparo:
e você, homenzinho, exercícios de expandir o cérebro.

aquele que não me menciona
foice, cinzas, au revoir.

4 comentários:

Primeira Pessoa disse...

muito interessante. às vezes me prendo demais na linguagem, mas não dá pra não captar o sentimento, esse tiro de escopeta na região do "baixo meretrício" do seu texto-poema-crônica-conto-romancedebolso e bolsa.

tadim do muso.

Bípede Falante disse...

as histórias se vestem de prosas e poesias, brincam com as palavras e com os palavrões do verbo e dos seres, expandem-se nos cérebros, encontram lugares neles e ainda assim nos dizem au revoir!

beijo

Lelena

lisa disse...

Big Bang, homenzinho!

PoemAço!

Welliton Oliveira disse...

caralho; genial!